Conheça frutas diferentes da estação nordestina brasileira
Fruta-pão, rambutão, mangostão e jabuticaba branca. Dificilmente estas frutas fazem parte
da lista do supermercado, mas elas compõem o grupo gigantesco de frutas raras e exóticas do País.
Se há um alimento que tenha mais variedade de sabor e vitaminas são as frutas.
Diferentes cores, tamanhos, espécies, aromas e sabores compõem a enorme gama de
tipos de frutas que existem em nosso país. Podem ser acrescentadas na salada, ser consumidas in natura, em sucos, vitaminas ou ser apreciadas em sobremesas e tortas.
As maneiras de consumi-las são as mais variadas possíveis, onde a região e a estação também ditam a safra e a qualidade dessas frutas.
Mas existem alguns tipos de frutas que são encontradas especialmente na região
Nordeste do Brasil, onde muitas vezes passam despercebidas por quem não conhece,
mas que tem presença marcante na vida e no
cotidiano do nordestino.
Cajá: é uma fruta de casca lisa e fina, sua cor é alaranjada ou vermelha e sua polpa é suculenta e com sabor agridoce. É rica em cálcio, fósforo e ferro.
Fruta-pão: existem duas variedades dessa fruta: uma com sementes e a outra não. O
fruto chega a pesar mais de 2kg, é redondo, de casca amarela e com saliências. Sua
polpa é amarela, bem aromática e doce.
Pode ser cozido ou assado e consumido como substituto do pão. Da variedade que
tem sementes, somente as sementes são usadas como alimento.
Biribá: seu formato é estranho, com saliências que parecem pequenos cones. Tem cor amarelada quando madura, de polpa branca, mole e suculenta, com sabor adocicado.
Não é adequada para o preparo de doces e deve ser consumida in natura. As sementes podem ser reduzidas a pó e usadas na medicina caseira como remédio contra a
enterocolite.
Araçá: existem muitos tipos de araçá, os mais conhecidos são: araçá-vermelho,
araçá-de-cora, araçá-da-praia,
araçá-do-campo, araçá-do-mato, araçá-pêra, araçá-rosa e araçá-piranga. O sabor
lembra a goiaba, embora seja ácido e de perfume acentuado. É uma fruta pequena,
redonda e com sementes, cuja polpa varia de cor segundo a espécie. O araçá
pode ser usado no preparo de sorvetes e refrescos.

Ingá: as espécies comestíveis de ingá produzem frutos grandes e verdes, podendo
atingir até 1 metro de comprimento. Sua polpa é branca, adocicada e rica em sais
minerais. É consumida in natura, pois não é usada na culinária. Também é usada na medicina caseira para o tratamento de bronquite (em forma de
xarope) e como cicatrizante (em forma de chá).
Jenipapo: é uma fruta parecida com o figo, só que maior. Deve ser colhido no ponto
certo de maturação para que possa ser consumido. É utilizado na medicina caseira
como fortificante e estimulante para o apetite.
Tucumã: essa fruta tem sua semente coberta por uma polpa branca. A casca é verde quando a fruta ainda não está madura e passa para o laranja-amarelado quando
amadurece. Com o tucumã é possível fazer uma farinha amarela, parecida com a
farinha de milho e usada no preparo de mingau e de cuscuz nordestino.
FRUTAS DO NORTE E NORDESTE
Açaí: é o fruto de uma palmeira típica da beira dos rios da região amazônica. A planta, o açaizeiro, produz frutas o não todo. O açaí é verde quando nove e cinza-escuro depois que amadurece. Tem pouca polpa, sabor agridoce, aroma forte, caroço duro e casca fina e lisa.
Abricó-do-pará: cultivado na Amazônia, é muito usado no preparo de sorvetes, doces e compotas. Também pode ser consumido ao natural. Em geral, o fruto maduro é colhido de dezembro a maio, sendo que os melhores meses da safra são fevereiro e março. É considerado um alimento energético, pois tem muitos hidratos de carbono, proteínas e vitaminas A e do complexo B. É usado no preparo de um mingau e de um vinho típico, que costuma ser tomado com farinha de mandioca, acompanhando peixe assado ou seco.
Araçá: há muitos tipos de araçá, mas os mais comuns são: araçá-vermelho, araçá-de-cora, araçá-da-praia, araçá-do-campo, araçá-do-mato, araçá-pêra, araçá-rosa e araçá-piranga. Seu sabor lembra um pouco o da goiaba, embora seja um pouco mais ácido e de perfume mais acentuado. É uma fruta pequena, arredondada, com sementes, cuja polpa varia de cor segundo a espécie, predominando o alaranjado e o amarelo-claro. O araçá é usado no preparo de sorvetes e refrescos. Com ele também se faz um doce muito parecido com a goiabada.
Bacaba: é o fruto de uma palmeira típica da foz do rio Amazonas, mas que também pode ser encontrada nos matos e capoeiras de terra firme do Maranhão, Goiás e Mato Grosso. A fruta é arredondada, de casca roxa e polpa branco-amarelada, muito rica em uma espécie de óleo, de cor amarelo-clara, que pode ser usado na cozinha. Com a bacaba prepara-se uma bebida muito apreciada no Norte, conhecida como "vinho de bacaba". A fruta é encontrada a partir de outubro, principalmente de janeiro a maio, época das chuvas.
Bacuri: embora o bacurizeiro possa ser encontrado em todo o Brasil, é no Pará que estão as maiores concentrações dessa árvore. Há muitas variedades de bacuri, sendo que as mais conhecidas são o bacuri-vermelho, o bacuri-de-folha-miúda e o bacuri-de-folha-larga. O fruto pode ser redondo ou comprido. O primeiro se parece com uma laranja grande, pesa cerce de 300 gramas e tem sementes recobertas por uma polpa clara, doce e perfumada. Uma particularidade do bacuri é que algumas partes da polpa – chamadas "filhos do bacuri" – não têm sementes e são mais doces que o resto da fruta, sendo por isso muito apreciadas. O bacuri comprido diferencia-se do redondo não só pela forma como por ter maior quantidade de "filhos". Embora possa ser comido ao natural, o bacuri é mais consumido em doces, em geléias e refrescos. Um detalhe importante em relação ao bacuri: ele não deve ser colhido no pé, pois contém uma resina que estraga seu sabor. Portanto, recomenda-se apenas recolher o fruto depois que ele cair no chão.
Biribá: é uma das frutas mais difundidas e cultivadas no estado do Pará. Tem uma forma estranha, com saliências que parecem pequenos cones, cor amarelada (quando madura), polpa branca, mole e suculenta, de sabor adocicado. Não é adequada ao preparo de doces; deve ser consumida ao natural. É encontrada o ano todo, principalmente entre os meses de dezembro e maio. Suas sementes reduzidas a pó são usadas na medicina caseira como remédio contra a enterocolite.
Cajá: é uma frutinha de casca lisa e fina, de cor alaranjada ou vermelha, e polpa suculenta de sabor agridoce, que se presta ao preparo de batidas, licores e sorvetes. É rica em minerais, como cálcio, fósforo e ferro. Pode ser encontrada o ano todo.
Carambola:é considerada uma fruta de quintal, pois seu cultivo não é feito em escala comercial. Tem uma forma curiosa, de gomos achatados, que, quando cortados no sentido transversal, têm o aspecto de uma estrela. A cor varia do verde ao amarelo, dependendo do grau de maturação da fruta. Em relação ao sabor, ela é adocicada quando madura e um pouco ácida e adstringente quando ainda está verde. A carambola é rica em sais minerais (cálcio, fósforo e ferro) e contém vitaminas A, C e do complexo B. A fruta pode ser consumida ao natural ou no preparo de geléias, sucos e compotas. As flores também são comestíveis em saladas. O suco da carambola tem a particularidade de eliminar manchas em objetos de metal.
Fruta-pão: há duas variedades dessa fruta: uma tem sementes, outra não. Esta última é a mais conhecida. O fruto é grande (chega a pesar mais de 2kg), redondo, de casca amarela com saliências. A polpa é amarela, aromática e doce. Pode ser cozido ou assado e consumido como substituto do pão. Da outra variedade, apenas as sementes são usadas como alimento.
Graviola: é uma árvore tropical de pequeno porte. A fruta tem forma ovalada, casca verde-pálida e pesa entre 1 e 2 kg. Contém muitas sementes, pretas, envolvidas por uma polpa branca, de sabor agridoce, muito delicado. A graviola dá um suco delicioso e presta-se muito bem ao preparo de sorvetes e compotas. Quando o fruto ainda está verde, pode ser cozido e consumido como legume.
Ingá: as espécies comestíveis de ingá produzem frutos em vagem, grandes e verdes, com sulcos no sentido do comprimento, que podem atingir até 1 metro de comprimento. A polpa é branca, levemente fibrosa e adocicada, bastante rica em sais minerais. Em geral, ela é consumida ao natural, pois não se presta a preparações culinárias. Também é usada na medicina caseira, sendo útil no tratamento da bronquite (xarope) e como cicatrizante (chá).
Jambo: no Brasil há duas variedades de jambeiro: o jambeiro-amarelo (ou jambeiro-rosa, que é uma árvore ornamental, e o jambeiro-vermelho, que dá um fruto de casca avermelhada e polpa branca, de consistência esponjosa e sabor agradável semelhante ao da maçã. O jambo pode ser consumido ao natural ou em conserva. Também é usado na medicina caseira, contra dor de cabeça, catarro e tosse.
Jenipapo: é uma fruta que se parece com o figo, só que um pouco maior. Deve ser colhida no ponto certo de maturação para que possa ser aproveitada. Embora seja consumida ao natural, seu uso mais freqüente é sob a forma de licor. Na medicina caseira, o jenipapo é utilizado como fortificante e estimulante do apetite.
Mangaba: a mangabeira é uma árvore de galhos pequenos que produz flores claras e perfumadas, parecidas com o jasmim. É típica do litoral do Norte e Nordeste. A fruta é uma baga de cor vermelho-amarelada, muito usada no preparo de sucos, refrescos e sorvetes.
Pinha: também conhecida como fruta-do-conde, ata e cabeça de negro. É uma fruta que contém muito açúcar, portanto não é recomendada a quem faz regime de emagrecimento. O fruto tem casca verde e é coberto de saliências em forma de cone. Quando maduro, torna-se verde-acinzentado e as saliências se tornam mais visíveis. A polpa é branca e muito perfumada. A pinha pode ser consumida ao natural ou em forma de sucos, doces ou sorvetes. Para separar a polpa das inúmeras sementes, usa-se o liquidificador, ligando e desligando várias vezes o aparelho para não triturar as sementes.
Piquiá: é um fruto encontrado em toda a Amazônia, em matas de terra firme. A polpa do piquiá, que pode ser consumida crua ou cozida, fornece uma banha branca e fina, bastante rica em nutrientes.
Pitomba: fruto pequeno, arredondado, facilmente encontrado em Pernambuco e na Paraíba, de janeiro a abril. É uma fruta rica em vitamina C e não é usada em preparações culinárias.
Sapoti: Lembra um pouco o caqui, tanto no sabor como na forma, embora seja um pouco menor e de tonalidade mais escura. Tem polpa suculenta, perfumada, rica em vitaminas e sais minerais, principalmente ferro. Em geral, o sapoti é consumido ao natural, mas também pode ser preparado em forma de compota ou de xarope. Suas sementes, amassadas e diluídas em água, são diuréticas, sendo usadas, portanto, contra cálculos renais.
Tamarindo: fruto originário da Índia, como diz o nome: "tâmara da Índia". É uma vagem, classificada como legume, que tem casca cor de terra, dura e quebradiça. Sua polpa é avermelhada, fibrosa, de gosto agridoce, com alto teor de ácido tartárico (um estimulante das glândulas salivares). É rico em sais minerais, como cálcio, fósforo, ferro e cloro. Possui propriedades laxativas, porque estimula o funcionamento dos intestinos. Com o tamarindo preparam-se doces, conservas, bebidas, sucos e sorvetes. Para usar a polpa é preciso abrir a vagem, retirar as fibras do interior e deixar de molho em água. Depois, levar ao fogo para cozinhar durante 30 minutos e passar por uma peneira. As folhas e as flores também são comestíveis.
Tucumã: a fruta tem uma semente recoberta por polpa branca. Sua casca é verde quando a fruta ainda não está madura, passando para o laranja-amarelado depois que amadurece. Com o tucumã se faz uma farinha amarelo-clara, parecida com a farinha de milho, usada no preparo de mingaus e do cuscuz nordestino.
Uxi: é uma fruta típica da região amazônica, de cor amarelo-escura, muito rica em gorduras. Dele pode-se extrair um azeite rico em vitamina A, usado na alimentação. O uxi é consumido ao natural ou usado na preparação de sorvetes.
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Crédito: http://www.horti.com.br/