Fluxo de turistas no Brasil vai encarecer voos e hospedagens no ano do Mundial; conheça os destinos e períodos alternativos para fazer a viagem caber no orçamento
A Copa do Mundo deve encarecer o turismo em 2014. Espera-se que os 600 mil estrangeiros que o Brasil vai receber – além dos cerca de três milhões de brasileiros que circularão pelas 12 cidades-sede –, pressionem a demanda por hospedagens e voos, elevando preços não apenas durante o evento, mas também antes e depois dos jogos. Isso não significa, contudo, que sua viagem custará uma fortuna.
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É possível garimpar
destinos mais econômicos fora da rota do Mundial, e encontrar datas com menor demanda por hotéis e passagens, contanto que a pesquisa seja feita, no mínimo, três meses antes, recomendam especialistas. As disparidades de preços para viajar durante a Copa serão gritantes em alguns casos, como apontou um levantamento do site de comparação de preço de passagens e hotéis Skyscanner.
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A diferença pode chegar a 578% nos trechos nacionais, de acordo com a simulação realizada em dezembro. O brasileiro pagará R$ 1.649 – ou 415% mais caro que os belgas e 32% mais que os argentinos – para assistir aos jogos da seleção em São Paulo (12/06), Fortaleza (dia 17/06) e Brasília (23/06).
A malha aérea nacional será ampliada em 1.973 voos para atender à demanda por voos durante o evento, segundo anunciou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na tarde desta quinta-feira (16). Para evitar cobranças abusivas, a companhia aérea Azul anunciou na última semana que vai limitar os preços das passagens a R$ 999 durante a Copa. Na terça-feira, a Avianca seguiu os passos da concorrente com a mesma estratégia.
Pelas contas do Ministério do Turismo, a intenção de viagem do brasileiro para o início deste ano é recorde: 37% dos consultados em dezembro nas sete maiores capitais pretendem viajar nos próximos seis meses no Brasil e exterior. O número cresceu mais entre a baixa e alta renda: 17,9% dos que ganham até R$ 2,1 mil pretendem viajar neste semestre, contra 8,8% no ano anterior. Já 61,4% dos que têm renda acima de R$ 9,6 mil planejam fazer o mesmo, contra 53,3% em 2012.